Desenhar Mangá/Anime desenhar anime
A História do Mangá

Para entender um pouco mais sobre o universo do Mangá não basta somente
saber que sua origem é do Japão, correto ? Apresentamos agora um pouco
sobre a história do surgimento desse tipo de arte.
ORIGENS
O termo “Mangá” é como os japoneses denominam suas histórias em
quadrinhos e o termo “Anime” é como eles chamam os desenhos
animados, não só os produzidos por lá, mas qualquer animação na verdade.

Durante o Japão Feudal o “Teatro das Sombras” (Oricom Shohatsu) percorria
vários vilarejos contando histórias por meio de fantoches, esses bonecos
eram feitos com o desenho de seus olhos bem maiores doque o normal,
isso para que os espectadores conseguissem perceber melhor as
“emoções” que cada boneco/personagem queria transmitir, o sucesso
dessas encenações teatrais inspirou artistas á escrevê-las e ilustrá-las em
rolos de papel, mais tarde essas histórias começaram á ser publicadas por
rústicas editoras nos anos 20 (já com o formato de livros ilustrados) e mais
adiante por volta dos anos 40 os mangás foram mais popularizados .
Popularização do Mangá no Japão

Durante a Segunda Guerra Mundial a produção de Mangás foi
interrompida, e só retornando em meados de 1945, dessa
época em diante o hábito de se ler Mangá no Japão aumentou
consideravelmente, por causa das poucas opções de lazer e
entretenimento que a guerra deixou, nesse periodo tambem
surgiu um artista que é considerado o “Deus do Mangá”,
estamos falando de Osamu Tezuka.
Osamu Tezuka, o “Deus” do Mangá

Também reverenciado como “Walt Disney Japonês” ou ainda
“Pai do Mangá Moderno”, Osamu Tezuka foi um
desenhista, roteirista e produtor de mangá que atuou
entre os anos de 1945 até sua morte em 1989. Tezuka não
inventou os mangás, mas foi ele quem definiu algumas de
suas principais características e o popularizou e difundiu
muito, tanto no oriente quanto no ocidente.
Além do seu traço inconfundível (simples e limpo) sua alta
produtividade chama muito a atenção, sua obra completa
conta com mais de 700 títulos de mangás diferentes que
totalizam mais de 150.000 páginas.
Algumas de suas obras mais conhecidas são:A princesa e o
Cavaleiro (リボンの騎士 ,Ribon no Kishi – 1954), Kimba o Leão Branco
(ジャングル大帝 ,Jungle Taitei – 1965) e Astro Boy (鉄腕アトム ,Tetsuwan Atomu –
1952).

Esses e outros títulos de Tezuka foram
transformados em animações (longa metragens
e curta metragens para cinema e TV, durante os
anos 60, 70 e 80) e isso acabou difundindo
também o anime no Japão e no mundo, porque
esses e outros títulos atingiram enorme
sucesso por todos os países que passaram.
Algumas dessas produções feita pelo próprio
estúdio de Tezuka o “Tezuka Osamu
Production” . Sua obra e legado abriu
caminho e inspirou diversos artistas no Japão e
no mundo e definiu algumas das principais
características do Mangá Moderno.
A Popularização do Mangá no Brasil
Já falamos um pouco sobre o surgimento e popularização do Mangá no Japão e no mundo, mas e aqui no Brasil, como foi essa tragetória ?
Por volta dos anos 70/80 já existiam pouquíssimos mangás disponíveis para venda em bancas de jornais aqui no Brasil, essas publicações eram vistas como “O gibi preto e branco que se lia de trás pra frente”, claro que as vendas eram simplesmente insignificantes e não havia interesse das grandes editoras em trazer mais material desse tipo, coisa que começou gradativamente á mudar nas décadas seguintes (final dos anos 90 e anos 2000), á seguir vamos listar os eventos que com certeza catapultaram a popularização dos mangás no Brasil.
Rede Manchete e os Cavaleiros do Zodíaco
Não, os Cavaleiros do Zodíaco não foram os primeiro Anime á passar na TV aberta aqui no Brasil, antes deles, o publico já havia conhecido animes como Zilion e Patrulha Estelar, mas a chegada de Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) foi uma febre sem precedentes.
O sucesso foi imediato e todo e qualquer produto relacionado ao desenho era desejado por todos (brinquedos, camisetas, revistas…), isso fez com que os “desenhos japoneses” ganhassem mais evidência, o publico queria mais, não demorou para outros animes virem para o Brasil trazidos quase que exclusivamente por causa do sucesso estrondoso de Cavaleiros, estou falando de Sailor Moon, Samurai Warrior, Shurato, e outros.
Quase todos esses eram transmitidos pela TV Manchete, mas outras emissoras também queriam “beber na fonte” dos animes e começaram á exibir seus “Desenhos dos olhos puxados”, o SBT com Guerreiras Mágicas, a Bandeirantes mais á frente com Dragon Ball (outro grande sucesso) a Globo com Sakura card Captors e Samurai X, mas em meados de 99 a Cartoon Network e a Record trouxeram um titulo quase tão revolucionário e importante quanto Cavaleiros, que foi Pokémon, consolidando de vez a febre por desenhos japoneses no Brasil.
Em fim, os Cavaleiros do Zodíaco acabaram sendo o estopim da popularização dos desenhos animados japoneses no Brasil, daí para o aumento no interesse dos mangás era só questão de tempo…
Editoras Conrad e JBC
Com a cultura “otaku” se consolidando cada vez mais no Brasil, a procura por títulos de quadrinhos nas bancas só aumentava, os fãs queriam ver seus heróis em histórias inéditas, ou conhecer a origem dos seus animes favoritos e 2 editoras tomaram a frente na publicação de mangas, estou falando da JBC e Conrad editora, ambas buscaram ser mais fiéis ás publicações nipônicas em se tratando de orientação de leitura, formato de capa e até periodicidade de lançamento.
O sucesso de vendas dos mangás de Cavaleiros do Zodiaco e Dragon Ball garantiram a vinda de títulos com apelo comercial menos grandioso quanto esses dois, estou falando de Video Girl Ai, Sakura Card Captor, Evangelion e outros.
Hoje o mangá e anime fazem parte da cultura Pop mundial, a venda de mangás esta mais doque consolidada aqui no Brasil, e a tendência é que continuaremos sendo um bom mercado consumidor desse tipo de obra por muitos e muitos anos.
Eu quero uma história de manga com esse título a crise se espanho pelo mundo